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Este é o blog de Rafael Costa. Aqui você encontrará meus desenhos, charges, quadrinhos, textos, etc. Tendo como temática principal a violência do estado, podendo variar em alguns momentos. Se você for amigo ou amiga, deixe-me um recado no mural. Sua opinião é importante. Ou escreva para ventodeliberdade@gmail.com.Também indico a navegação pelos meus links de blogs, são ótimas dicas. Obrigado.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Brigada Militar: "A força da comunidade".


Eu ia deixar essa passar... porém, os caras não param de veicular na televisão uma propaganda dos 175 anos da brigada militar. Tem uma cena que mostra um pelotão de choque marchando com seus apetrechos. Armas que serão usadas contra a "comunidade", quando esta resolver se indignar contra um aumento de passagens, da comida ou das más condições de saúde, etc. "A força da comunidade"... balela!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Polícia não serve pra nada!

Este espaço está sendo usado por mim, Rafael Costa, como instrumento de denúncia e crítica às violências praticadas pelo Estado, principalmente àquelas que tem como protagonistas o braço armado dessa instituição: a polícia. Geralmente me expresso através das charges, porém, hoje, vou variar um pouquinho. Nesta terça-feira, dia 23 de dezembro de 2008, completa uma semana de uma experiência desagradável que tive este ano (entre outras), a qual relatarei aqui e veremos senão viveríamos muito melhor sem esses empecilhos.
Estava voltando da escola onde trabalho em Gravataí, uma cidade da região metropolitana de Porto Alegre. Era por volta das 22:15 e vinha pilotando a, então minha Honda CG 125 de placa IMM3126, pela estrada RS-118, uma via esburacada e sem qualquer iluminação. Sim, já sei, todo mundo me avisou que isso é perigoso, mas era o caminho mais curto para minha casa, porra! Bom, me aconteceu o que acontece com milhões de brasileiros e brasileiras, me roubaram. Dois homens emparelharam comigo, vinham em cima de outra moto, o caroneiro me cutucava com o cano de um revólver enquanto me gritava para parar. Obedeci e, como parei bruscamente, acabei por cair e me arranhar um pouco. Os dois pararam e me ordenaram que corresse, o que era caroneiro agarrou minha moto, a ergueu e se mandaram em alta velocidade, na direção de Gravataí.
Fiquei sozinho em uma estrada sem qualquer iluminação, onde o transporte público é quase inexistente e onde nenhum motorista se arrisca a parar para dar carona a ninguém. Por acaso, estava sem o telefone celular e com nenhum dinheiro. Ou seja, estava fudido. Porém, por milagre, passados uns vinte minutos, um motorista dirigindo um corsa parou para mim. Não lembro o seu nome, mas lhe sou extremamente grato. Meu salvador me levou até o posto da polícia rodoviária estadual, na estrada RS-040. Onde até fui bem atendido por um PM, que ouviu minha história e, logo depois, se comunicou por rádio com seus colegas em Gravataí, já que os assaltantes fugiram para os lados de lá. Estes, responderam, escutaram e desligaram. Enquanto este PM me atendia, outro jantava assistindo ao “Casseta e Planeta”, dando algumas risadas.
Bom, não tive como saber que providência tomou a polícia rodoviária em Gravataí . O mais provável é que estivessem fazendo como o seu colega em Viamão, vendo “Casseta e Planeta”. O PM que falava comigo me orientou a ir a uma delegacia da polícia civil, registrar o ocorrido. Como tudo é longe nesta cidade, este era outro empecilho para mim, que não tinha como me deslocar. Por sorte, me permitiram usar o telefone do posto e chamei um amigo que possui carro para me ajudar. Fomos a uma delegacia próxima, na mesma estrada. Lá o policial de plantão não podia fazer o registro, pois o “sistema estava fora do ar”. Fomos encaminhados a Primeira DP de Viamão. Onde, com uma má vontade quase palpável no ar, fomos atendidos pelo plantonista. Que me perguntava secamente o que havia ocorrido enquanto ia registrando minha história no computador. Quando foi imprimir o boletim de ocorrência, teve que brigar um pouco com a impressora, o que o deixou seriamente incomodado. Me alcançou o boletim e me disse algo como “é só”.
E isso foi tudo. Um monte de coisa que não serve para nada. O único problema que me causa, a perda da moto, é o de ir ao trabalho. Pois de ônibus eu levo umas duas horas e meia. Fora o fato de estar faltando dois ou três meses para ser paga. Bom, isso se resolve, o importante é estar vivo. Agora, tenho certeza que a presteza dos homens da lei seria outra, caso fosse filho de um juíz, oficial militar ou banqueiro. Sou só um professor da rede municipal de Gravataí, filho de Seu Juranda e Dona Lanes.
A polícia demonstrou muito mais empenho e dedicação para dar-me uma multa por atravessar o sinal vermelho, às 22:50, na mesma estrada RS-040, no mês de julho desse ano. Também os policiais foram rápidos e eficientes quando, durante uma manifestação pacífica, arrebentaram minha cabeça e mão esquerda a golpes de cacetete (Se querem saber, os cabelos já cresceram por sobre a cicatriz. Vai precisar mais que isso para acabar comigo). E, como não citar, as incontáveis vezes que me mandaram pôr a mão na cabeça ou olhar para uma parede, tudo sob aquele olhar de desprezo que só merece ser dirigido a pior escória da humanidade. Alguém, poderia pensar: “este é o preço que pagamos, passa-se por estas situações para que tenhamos segurança”. E eu pergunto: Qual segurança? Pois eu digo que a gente passa por isso para que os ricos e poderosos no Estado e fora dele tenham, estes sim, segurança. Segurança de governarem sem oposição, segurança de enriquecerem às custas do povo trabalhador, sem que ninguém peça o que é seu de volta. Para isso serve a polícia.
Outros podem dizer que sem o Estado e a polícia a humanidade viveria como na “selva”. Eu digo que se estamos vivos e usufruimos algum direito, isso é “apesar” do Estado e não “graças” a ele. Pago impostos para livrar-me dos prejuízos que o Estado pode causar na minha vida, não para ter direitos. Estes, ninguém os tem, estes, é preciso que se busque na luta.
Bom, sei que o nosso dia vai chegar. E, enquanto puder desenhar e escrever, vou dizer o que penso. Se me impedirem, vou continuar incomodando de algum outro jeito. Desejo um péssimo ano novo aos desgraçados que me roubaram o meio de transporte que me era tão útil e outro terrível ano novo à toda corja do Estado.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Novo comandante da Brigada


O novo comandante da polícia militar do Rio Grande do Sul, a brigada militar, aparenta uma postura distinta do seu antecessor, que era mais arrogante, soberbo e truculento. Este novo comandante demonstra que vai fazer seu "trabalho" respeitando a "democracia" na qual vivemos. Isso é possível?

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O Juíz Mendes


Agora, nos tribunais militares do Rio Grande do Sul, teremos a presença do ilustre ex-comandante da brigada militar, o fascista coronel mendes. Imaginei como serão as sentenças dadas aos soldados truculentos de agora em diante (se é que já não é assim).

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008


Visite a exposição de Tharcus Aguilar, "Memória em Preto e Branco", que é uma releitura dos anos de chumbo no nosso país. A exposição se encontra no Território Cultural da Terreira da Tribo, João Alfredo, 709, Porto Alegre.