SEJA BEM-VINDO(A)!

Este é o blog de Rafael Costa. Aqui você encontrará meus desenhos, charges, quadrinhos, textos, etc. Tendo como temática principal a violência do estado, podendo variar em alguns momentos. Se você for amigo ou amiga, deixe-me um recado no mural. Sua opinião é importante. Ou escreva para ventodeliberdade@gmail.com.Também indico a navegação pelos meus links de blogs, são ótimas dicas. Obrigado.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

ILUSTRAÇÃO


Adianto a arte da capa do outro futuro livro do meu amigo Bruno, ele vai ter um ano de muita produção literária e vou ter a honra de participar dos dois livros. Ainda faltam as cores, quando terminar eu posto.


quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

ENTERREM MEU CORAÇÃO NA CURVA DO RIO



Postei uma História em Quadrinhos que fiz inspirado num capítulo do livro "Enterrem meu coração na curva do rio", de Dee Brown. Fiz essa HQ já faz uns aninhos, agora ela tá aí.




domingo, 20 de dezembro de 2009

TRABALHO INFANTIL


Tava olhando tv domingo de manhã e me deparei com um canal com uma menina trabalhando. O conselho tutelar não vai fazer nada não? É só com filho de carroceiro ?

domingo, 13 de dezembro de 2009

CARRO ALEGÓRICO DO ESTADO MAIOR DA RESTINGA - Carnaval 2010

Fiz uma proposta de carro alegórico para a escola de samba do meu bairro em Porto Alegre, a Estado Maior da Restinga. Ganharam dinheiro do governo chinês para fazer um samba enredo sobre a China. Acho que ia ficar legal na avenida.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

LEVANTE NA GRÉCIA: UM ANO!


Dezembro é o mês do primeiro aniversário do levante grego de 2008. Essa é minha singela homenagem. Um dia chegará a nossa vez!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

COMPANHEIROS DA POLÍCIA!

Aqueles que, modestamente, como eu, procuram se inserir na luta popular, sindical, estudantil, etc. e dar sua contribuição, sempre acabam presenciando momentos muito curiosos, nos quais se testemunha as mais estúpidas reações políticas, expressas em discursos e ações de alguns setores da dita “esquerda” brasileira. São momentos onde o que há de mais burro, ilusório, oportunista, covarde e rasteiro na política vêm à tona. Momentos bizarros, que só acontecem nesse lugar que chamam de Brasil, covil da “esquerda” mais inoperante e eleitoreira do mundo. Me refiro àquelas oportunidades em que os cachorros adestrados pelo estado, equivocadamente chamados de “trabalhadores”, a polícia, decidem se mobilizar por aumentos salariais e condições de “trabalho”.

Nesta semana, em Porto Alegre, é possível assistir nos meios de comunicação burgueses a uma chamada paga pelo CPERS (é o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul, que costuma usar a contribuição dos filiados para financiar a RBS e toda a corja midiática), no qual conclama professores e “trabalhadores da segurança” (policiais) a se unirem contra o governo Yeda. Para o mais desavisado, num primeiro momento, poderiam achar que isso seja uma coisa muito lógica.

Então, eu lembro de todas aquelas marchas, ocupações e ações, com objetivo de melhores condições de vida. Nessas ocasições estamos sempre acompanhados pelos “trabalhadores” da segurança, nos fungando no cangote, prontos para, a qualquer sinal, bater, prender e matar, não importa a quem, jovem, velho, mulher, criança. Isso foi assim em Eldorado dos Carajás (1996), na desocupação do Sonho Real (Goiás, 2005), nas “comemorações” de 500 anos (2000), na desocupação da fazenda Southal (2009) e em inúmeros outros momentos, talvez, menores, como no 11 de junho de 2008, em frente ao supermercado Nacional, em Porto Alegre, onde eu vi pessoas idosas, como meu pai, terem o crânio golpeado por cacetetes, empunhados pelso “companheiros da polícia”, expressão costumeiramente usada pela maioria da “esquerda” para designar a esses mercenários.

Será que, em algum momento, algum desses capangas com estabilidade, se preocupou com o que estava sendo reivindicado pelos manifestantes? E, o mais importante, se tivesse se preocupado, isso teria feito alguma diferença para quem estava sendo espancado, para quem pintava a calçada com o sangue da cabeça, para quem tinha os olhos em brasa pelo gás lacrimogêneo? Digo isso porque alguns podem argumentar: “mas podemos trazer eles para nosso lado!” Bom, pensemos na prática, sejamos pragmáticos (como é a “esquerda” brasileira), para que isso represente alguma vantagem, de fato, é preciso que, nos momentos de ação de rua, os policiais, que estão sentimentalmente do nosso lado, voltem suas armas para seus colegas. Isso seria realmente uma ajuda. Porém, isso nunca aconteceu antes, nem vai acontecer. E, se aconteceu, foi aqueles momentos muito particulares, que vamos morrer esperando para que aconteçam de novo. Mas, ainda, podem defender que numa dada conjuntura revolucionária futura, será importante esses setores do lado do povo. Pergunto, quando vai ser essa conjuntura? Marx tinha alguma data para ela? Os policiais sensíveis a nossa causa, mais bem fariam se pedissem demissão. Afinal, não há uma lei que diga que só se fazendo papel de um cachorro adestrado que se consegue pagar as prestações do carro ou as contas da casa, ou o churrasco no fim de semana. Existem outros meios de se fazer isso, mais dignos.

Enquanto essa “esquerda” fala essas idiotices e se justifica atrás de um discurso pseudo-estratégico revolucionário, o povo, trabalhadores e trabalhadoras, estudantes, etc., amortecem sua rebeldia escutando esse lixo em assembléias, reuniões e carros-de-som. Esse discurso insano, de aliança com os “companheiros da polícia”, vomitado por toda a “esquerda” marxista, que mal consegue disfarçar seu fetiche por fardas, divisas e desfiles militares. Alguns sonham com uma nova intentona? Algum golpe militar de esquerda? Pergunto, qual sociedade socialista é possível construí com quem só aprendeu a cumprir ordens e causar dor? Eu respondo, a mesma que na URSS e o seu exército de estupradores, o exército vermelho. Ou esperam sensibilizar a polícia para ganhar votos nas próximas eleições? Nesse caso, é preciso frear cada vez mais a luta, para manter uma imagem elegível para a sociedade, para que a mídia não possa argumentar contra eles, é o que dizem.

Se sofrermos um novo golpe, o que já não é assim mais tão difícil hoje, uns 80% terá sido culpa da “esquerda” brasileira, com seus discursos e “estratégias” estúpidas, que, nos últimos vinte anos, nunca lutou por mudanças de fato nesse aglomerado de gente, administrado por desgraçados, que alguns chamam de país.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009